sexta-feira, 25 de março de 2011

6. Representações sociais identificadas pela autora do artigo «Representações sobre o desenvolvimento humano*», sobre os diferentes grupos etários.

Entenda-se por representações sociais como se tratando de sistemas de valores e práticas criados pelos homens, com o propósito de entender o mundo e a forma como se insere dentro dele.

A autora do texto em estudo identifica várias representações sociais do desenvolvimento humano, sobre os diferentes grupos etários.

Em relação ao Grupo Infância a autora identifica representações sociais associadas à ideia de imaturidade e de “incompetência”. Sendo a criança “inocente”, “brinca”, “aprende”, “descobre”, mas é “dependente” da sua “família” que “trabalha”, “produz” e se “responsabiliza” por ela.

No que se refere à adolescência as representações são idênticas ao Grupo Infância tendo como referências as “brincadeiras”, “família” e “sabedoria”. A adolescência foi ainda associada à velhice em relação à ideia de que o adolescente “ainda não consegue”, “ainda não faz”, e o velho “já não consegue mais” e “já não faz mais”.

Quanto ao Grupo Adulto as representações sociais do desenvolvimento caracterizam-se por estar próximas das que são consideradas em relação aos Grupos Infância e Adolescência no que diz respeito a “brincadeiras” e “sabedoria”. È o adulto que trabalha, produz e sustenta a família sendo responsável pelos seus descendentes, servindo de referência para as outras fases da vida.

Ainda de acordo com o texto disponibilizado, quanto às representações sociais do Grupo Velhice os eixos de referência foram: “brincadeiras”, “dependência”, “família” e “trabalho”. Os próprios idosos não aceitam que haja desenvolvimento na velhice deixando que o adulto seja o responsável, não só mas também, pela subsistência da família. Sendo o Grupo Velhice, caracterizado pela “decadência”, “declínio” pelas perdas biológicas, o velho é possuidor de sabedoria acumulada sendo importante a sua transmissão aos mais novos.



* http://mdh.unitau.br/files/representacoes_sociais_do_desenvolvimento_humano.pdf



5. Qual a importância da metacognição no processo de aprendizagem?

O termo metacognição só é utilizado muito recentemente na literatura e foi introduzido na Psicologia por Flavell, que começou por defini-lo como sendo o conhecimento adquirido a partir do que ficou memorizado (conteúdos e processos) e, posteriormente acabou por aceitar que existem outros factores além da memória que contribuem para o conhecimento, tais como: a linguagem, a aprendizagem, entre outros.

Apesar de muitos teóricos e investigadores já terem dado contributos válidos para a compreensão de metacognição e a sua relação com a aprendizagem, podemos destacar os trabalhos desenvolvidos por John Flavell, Ann Brown e colaboradores.

A metacognição é muito importante no processo de aprendizagem, pois influencia áreas fundamentais como: comunicação e compreensão oral e escrita e torna a resolução de problemas mais acessível, permitindo aprender a aprender.

A metacognição envolve a capacidade de reconhecer dificuldades de compreensão e/ou avaliá-las, permitindo assim a superação dessas dificuldades. Tomar consciência de, é essencial para a resolução ou procura de resolução para as dificuldades. Esta tomada de consciência torna os alunos capazes de se responsabilizarem e gerirem o seu desempenho escolar e, consequentemente torna-os mais confiantes nas suas capacidades (Morais & Valente, 1991)

São ainda de referir que através de metacognição os professores podem ajudar/preparar/optimizar as competências dos seus educandos, uma vez que esta permite perceber a motivação/envolvimento/capacidade de auto-avaliação dos alunos.







4. Minha postura face à aprendizagem e ao processo formativo confrontando com as ideias do Texto 3*, (foi disponibilizado pelos docentes da Unidade Curricular de Psicologia de Desenvolvimento) sobre a formação de educadores/professores.


É comum a Teoria do Dom Natural (a inteligência é tida como um dom natural fruto de hereditariedade) ser aceite/utilizada por pais e professores no que diz respeito à explicação da natureza da inteligência, o que os leva a um distanciamento frente aos resultados dos educandos quando não são satisfatórios.

Ao desresponsabilizarem-se quanto às dificuldades e resultados dos educandos é mais fácil que pais e professores mantenham uma postura confiante e positiva em relação à sua identidade social e profissional, em vez de, muitas vezes, se esforçarem para encontrar caminhos/soluções e experimentar processos numa tentativa de ajudar/mudar aquilo que não resulta.

O distanciamento dos problemas efectivos de aprendizagem afecta a forma como os pais/professores se relacionam com os educandos seja formal ou informalmente, assim como em relação aos professores acaba por influenciar os processos e estratégias tomadas.

Por ainda existir a aceitação passiva quanto à concepção da inteligência em certos meios académicos, o processo formativo e sua aplicabilidade são, muitas vezes, inadequados agravando situações de dificuldades de aprendizagem.

Em oposição a esta maneira de pensar e estar temos uma concepção construtivista e interaccionista, que quando adoptada por pais e professores é uma mais-valia na formação dos seus educandos. Construir e desenvolver a inteligência através de interacções entre educadores e educandos é o melhor caminho para a obtenção de resultados favoráveis na aprendizagem.

Adoptar uma concepção construtivista, assim como ajudar a desenvolver nos alunos um entendimento e aceitação de regras de convivência, enriquecerá o seu relacionamento familiar e comportamento na escola. Mas, muitas vezes, não chega o professor ter as suas metodologias de ensino assentes no construtivismo, pois por muito que faça, a receptividade por parte dos alunos também é influenciada pelo meio envolvente e pessoas com quem contacta (família, amigos) sendo, muitas vezes, um importante obstáculo a transpor e impeditivo de uma aprendizagem favorável.

Muitos factores contribuem para a obtenção de resultados de aprendizagem, mas será principalmente a postura dos educadores e metodologias utilizadas que serão, em grande medida, os grandes influenciadores dos resultados obtidos.

Envolvimento na construção da inteligência entre educadores e educandos e a utilização de várias estratégias de treino pressupõem uma atitude activa e dinâmica.

Os erros são importantes para a construção do entendimento dos alunos e compreensão dos resultados sejam positivos ou negativos. Perceber que os erros servem para crescermos na nossa maneira de ser e contribuem para a fundamentação da nossa concepção das coisas e ideias é um importante passo para evolução do ser humano.




3. Com base no Texto 3*, disponibilizado pelos docentes da Unidade Curricular (UC) de Psicologia do Desenvolvimento, a minha reflexão sobre ideias implícitas e sua responsabilidade na forma como vejo e actuo no mundo, que sendo nova para mim, considero-a muito importante.


Ao perceber o que são ideias implícitas e a sua responsabilidade na forma como vejo/actuo na minha vivência diária, e como me relaciono com os outros, isso leva-me a ponderar mais e melhor em relação à minhas atitudes.

Perceber que devo examinar aquilo que em muitas vezes acredito, pois é fundamentado em crenças, tradições e fruto de preconceito adquirido de forma deturpada pelas experiências vividas, leva-me a pôr em causa algumas das minhas convicções e tentar procurar novas respostas.



2. «Por que razão é importante conhecermos as nossas teorias implícitas sobre o desenvolvimento humano?»

Porque são elas que influenciam a nossa maneira de ver o mundo deturpando, frequentemente, a realidade, por assentarem numa sabedoria empírica que formula ideias com base na experiência estando, muitas vezes, em oposição com o que é aceite pela ciência.

As nossas teorias implícitas não só influenciam a nossa maneira de ver o mundo, mas também a forma como nos relacionamos com os outros.

Bibliografia



1. Duas ideias do senso comum que sejam incorrectas sobre o desenvolvimento humano. Razões pelas quais essas ideias são consideradas inadequadas.

O senso comum pode ser conhecido como “conhecimento vulgar” e, também, como “sabedoria popular”.

Quanto às teorias do senso comum, normalmente estão de acordo com crenças e tradições, resultam da experiência e, muitas vezes, estão assentes em estereótipos e preconceitos.

Em relação às crianças, aquilo que se pensou acerca do seu desenvolvimento não foi sempre igual. Primeiro, foi dado à criança um lugar subalterno e inferior, sem importância, considerando-a imperfeita, portadora de deficiências e considerada má por estar suja/marcada pelo pecado original, mas hoje a evolução da criança é vista sob um prisma cientifico da natureza humana e, a infância é considerada como sendo uma das etapas do desenvolvimento humano que, tal como nas outras etapas, permite que a criança acumule, aprenda, adquira habilidades, fazendo parte de um processo de desenvolvimento.

Ainda hoje em muitos círculos associa-se o idoso à imagem de decadência, necessitada e dependente incapaz de tomar decisões, cuidar de si próprio, e sem capacidade de aprender e, porque é considerado como ser debilitado sem capacidade para produzir, acaba-se por abandona-lo.


Uma vez que a aprendizagem se faz ao longo da vida, podendo ser adquirida de uma forma formal ou informal, é implícito que, também na fase idosa, o ser humano tenha capacidade de adquirir conhecimento, possuindo nas suas memórias um tesouro maravilhoso, fruto do conhecimento adquirido em todas as etapas da sua vida.



Bibliografia


Texto 3. Educação e psicologia do desenvolvimento. Universidade Aberta (UAB) 


http://mdh.unitau.br/files/representacoes_sociais_do_desenvolvimento_humano.pdf


Análise e reflexão sobre a relação da psicologia do desenvolvimento com a educação.

  1. Duas ideias do senso comum que sejam incorrectas sobre o desenvolvimento humano. Razões pelas quais essas ideias são consideradas inadequadas.
  2. «Por que razão é importante conhecermos as nossas teorias implícitas sobre o desenvolvimento humano?»
  3. Com base no Texto 3, disponibilizado pelos docentes da Unidade Curricular (UC) de Psicologia do Desenvolvimento, a minha reflexão sobre ideias implícitas e sua responsabilidade na forma como vejo e actuo no mundo, que sendo nova para mim, considero-a muito importante.
  4. Minha postura face à aprendizagem e ao processo formativo confrontando com as ideias do Texto 3, (foi disponibilizado pelos docentes da Unidade Curricular de Psicologia de Desenvolvimento) sobre a formação de educadores/professores.
  5. Qual a importância da metacognição no processo de aprendizagem?
  6. Representações sociais identificadas pela autora do artigo «Representações sobre o desenvolvimento humano*», sobre os diferentes grupos etários.

* Almeida, A., Cunha, G. (2003). Psicologia: Reflexão e Crítica, 16(1), (pp. 147-155). Brasília.