sexta-feira, 29 de abril de 2011

Características fundamentais da adolescência; problemas prioritários na intervenção com adolescentes e sugestões para minimizá-los.

Considerando-se a adolescência entre os 10 e 25 anos podemos dividi-la em três fases: fase inicial (entre os 10 e 15 anos); fase intermédia (entre os 15 e 18 anos); fase final (desde o final do ensino secundário até à entrada de um ou mais papeis adultos).

Sendo a fase da adolescência marcada por características específicas são de salientar a existência de várias mudanças a nível biológico, cognitivo, social e emocional que originam desafios, transições, crises e necessidades que, com a sua superação/desenvolvimento de uma progressiva maturidade, darão origem à construção da identidade do adolescente.

Os problemas que forem surgindo nesta fase surgem como formas de adaptação e, segundo Erikson, para se atingir uma identidade madura esta deverá basear-se em crise/exploração e comprometimento.

Como características que permitem descrever um adolescente refiro como fundamentais: egocentrismo, imaturidade, instabilidade, confusão, despertar para novas realidades, busca acentuada de autonomia, forte necessidade de reconhecimento e aceitação, idealismo, utopia, entusiasmo, criatividade, ingenuidade, embrião para uma nova identidade, adopção das influências dos pares. 

O principal problema a resolver em relação aos adolescentes, a meu ver, será antes de tudo, no sentido de arranjar forma de estabelecer pontes de entendimento. 

Uma vez que se trata de uma etapa em que se fecham no seu próprio mundo, ora individualmente, ora dentro do seu grupo de pares, será difícil os pais e educadores encontrarem forma de ser aceites e se integrarem no convívio e maneira de estar dos adolescentes, originando a necessidade de utilizar estratégias de intervenção que minimizem o afastamento/isolamento e possam ajuda-los a ultrapassar esta fase, de uma forma construtiva.

Para isso identifico como prioritário a criação de actividades que minimizem a insegurança, incentivem a partilha e responsabilidade, assim como promovam a autonomia, sendo importante ocupa-los em actividades saudáveis em que, ao mesmo tempo, possam conviver e consciencializar-se e interiorizar-se dos problemas a que estão sujeitos, tomando conhecimento das consequências e efeitos negativos para a saúde resultantes da tomada de más decisões e, ao mesmo tempo, estarem distraídos e envolvidos.

Uma boa forma seria promover entre os adolescentes uma disciplina em que, através de jogos de dinâmica de grupo e debates, cujos temas a tratar ou forma de os conduzir, por um lado, resultasse num dialogo entre o lúdico em que a ansiedade seria minimizada e informasse/ajudasse a identificar riscos para a saúde e, por outro lado, incentivasse a autonomia e a capacidade de intervenção ajudando cada um a encontrar a sua identidade pessoal e no grupo, preparando-os para uma cidadania saudável. Temas como as drogas, o álcool, a sexualidade, a diversidade, o relacionamento interpessoal, a família, valores, a utilização da Internet (perigos, maximização na sua utilização), temas do mundo social e da vida tais como problemas ambientais, entre outros, decerto seriam uma mais-valia na formação de jovens conscientes e responsáveis preparados para exercerem, no futuro, o papel de cidadãos responsáveis.
 Alexandra Caracol


Bibliografia
  • Adolescência e identidade. (Para ler o texto clique na imagem).
  • A saúde do adolescente: O que se sabe e quais são os novos desafios. (Para ler o texto clique na imagem). 
  • Educação sexual em rede (para ler o texto clique na imagem).

  • Programa Nacional de Saúde dos Jovens 2006-2010. (Para ler o texto clique na imagem)

terça-feira, 26 de abril de 2011

Adolescência e identidade.


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Esquema de evolução do bebé.

Infância e desenvolvimento.

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O que é ser criança?

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A socialização (criança).

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Darwin e a origem das espécies.

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domingo, 24 de abril de 2011

Ilusão de óptica ou psicologia? - Ilusão das sombras do tabuleiro de Adelson.

A cor do quadrado B é exactamente a mesma cor do quadrado A.


Nesta imagem as casas brancas e pretas estão na realidade em tons de cinza. A imagem foi construída para que uma das casas “brancas” na sombra, rotulada como “B” possua exactmente a mesma graduação de cor do que o quadrado “preto” rotulado de “A”. Os dois quadrados A e B aparentam ser muito diferentes como resultado da ilusão.

Parece difícil de acreditar, mas para você comprovar pode pegar um pedaço de papel e fazer dois buracos nele, que se sobreponham exactamente a A e B, para isolar estas cores. Ou você pode clicar na imagem, pois já fizemos isso para você, digitalmente.

jL ANDRADE Imagem Comunicação e Internet - Ilusão de Óptica ou pura Psicologia?, disponível em http://blog.jlandrade.com/2007/10/16/ilusao-de-optica-ou-pura-psicologia, acedido a 24 de Abril de 2011.


Ilusão de óptica ou psicologia? - Ilusão branca.

O cinza de ambas as colunas é exactamente o mesmo.


Esta é uma ilusão de óptica que ilustra o facto de que a mesma luminância de destino pode gerar diferentes percepções de brilho em contextos diferentes. Este efeito é o oposto do que esperaríamos de uma simples explicação psicológica na base de contrastes simultâneos. Clique na imagem para ver a comprovação.

jL ANDRADE Imagem Comunicação e Internet - Ilusão de Óptica ou pura Psicologia?, disponível em http://blog.jlandrade.com/2007/10/16/ilusao-de-optica-ou-pura-psicologia, acedido a 24 de Abril de 2011.

Ilusões de óptica ou psicologia?

Ilusão de óptica ou psicologia? - Ilusão Zöllner.

As linhas longas estão paralelas?


Nesta imagem as linhas pretas parecem não estar paralelas, mas elas estão. As linhas mais curtas estão em um ângulo que ajuda a criar a impressão de que uma ponta das linhas longas estão mais próxima para nós do que a outra através de uma ilusão de profundidade.

jL ANDRADE Imagem Comunicação e Internet - Ilusão de Óptica ou pura Psicologia?, disponível em http://blog.jlandrade.com/2007/10/16/ilusao-de-optica-ou-pura-psicologia, acedido a 24 de Abril de 2011.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Testes.





    Teste - Seremos bons pais?

    Para realizar este teste, responda "sim" ou "Não". Depois de ter respondido a todas as perguntas, some as respostas positivas num lado e as negativas noutro e veja a avaliação no final de tudo.  
    1. Às vezes julga que o seu filho é uma carga para si?
    2. Aborrece-se por ter que respeitar horários fixos e rotinas para determinadas coisas?
    3. Acha que o seu filho o impede de fazer mil coisas que gostaria de fazer?
    4. Aborrece-se excessivamente quando os outros cometem repetidamente os mesmos erros?
    5. Pensa muitas vezes na fragilidade que as crianças têm?
    6. Aborrece-se por os planos que tinha feito, por exemplo, para o fim-de-semana seguinte, serem alterados?
    7. Considera-se uma pessoa muito rigorosa que age «com mão de ferro»?
    8. Quando se enerva, acaba normalmente por gritar com quem está por perto?
    9. Aborrece-se excessivamente por causa do barulho que faz um grupo de crianças a brincar ou a brigar?
    10. Aborrece-se por não lhe prestarem atenção quando, numa reunião familiar ou com os amigos, são as crianças que assumem todo o protagonismo?
    11. Deixa a educação nas mãos dos professores?
    12. Aborrece-se muito quando os outros não lhe dão razão?
    13. Aborrece-se por perder tempo com as crianças em vez de fazer coisas que seriam, para si, muito mais interessantes?
    14. Interessa-se por temas de psicologia infantil?
    15. Fica irritado por lhe interromperem o sono a meio da noite?
    16. Fica comovido ou sente muita ternura quando vê uma criança doente?
    17. Acha que tem as qualidades necessárias para prender a atenção dos mais pequenos?
    18. É capaz de se divertir sinceramente com a realização de alguma actividade que, em princípio, mais parece uma brincadeira de crianças?
    19. É capaz de modificar o seu modo de falar, se fala com uma criança, para que ela o entenda melhor?
    20. Gosta de estar informado e preocupa-se com as questões da saúde, ou julga que, para isso, existem os médicos?
    21. Acha que a educação das crianças deve ser 50% partilhada com o cônjuge?
    22. Normalmente é capaz de adiar o seu trabalho para brincar com o seu filho?
    23. Acha interessante viajar com as crianças?
    24. Quando são propostas actividades de grupo, normalmente apetece-lhe participar?
    25. Gosta de tratar do seu filho?
    26. Conversa frequentemente com o seu cônjuge sobre temas de educação ou de evolução do vosso filho?
    27. A opinião de uma criança sobre diversos assuntos tem realmente interesse para si, ou acha que, enquanto não for maior, não a deve dar?
    28. Gosta de proteger quem tem à sua volta?
    29. Considera-se uma pessoa paciente, capaz de explicar calmamente qualquer coisa a alguém que parece não entender nada?
    30. É daquelas pessoas que gostam mais de dar do que receber?

    AVALIAÇÃO:

    A)  A) Número de respostas positivas superior a 8 nas perguntas que vão da 1ª à 13ª.

    Talvez ainda lhe falte algum treino, mas nem por isso deve desanimar, muito pelo contrário, tem que lutar com coragem para não ser inflexível, pois a inflexibilidade para com as crianças traduz-se em falta de apoio emocional e em falta de segurança.

    B)   B) Número de respostas positivas superior a 9 nas perguntas que vão da 14ª à 30ª.

    Fique sossegado, pode considerar-se um bom pai/uma boa mãe. Com toda a certeza, é daquelas pessoas que todos os dias se esforçam por agir bem com os filhos, proporcionando-lhes sempre melhores condições possíveis. É paciente e compreensivo, por conseguinte é sensível às suas necessidades.

    C) Número de respostas positivas superior a 13 nas perguntas que vão da 14ª à 30ª.

    Parabéns! É um exemplo a seguir: dedica aos seus filhos a maior parte dos seus esforços e da sua atenção, tem todas as qualidades necessárias para fazer sempre o que é correcto quanto aos cuidados e tratamento dos pequenos. Aceita as coisas como são, e isso será  muitíssimo benéfico para eles.

    Bibliografia: Gross, E. (2005). Conheça os seus Filhos, TESTES dos 0 aos 3 anos. Brasil: Paulus Editora.
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    Com  amor tudo se pode alcançar!

    Aprendizado.

    Resiliência.

    Para algumas pessoas, o mundo divide-se entre os mais afortunados – leia-se, aqueles a quem tudo corre bem – e os outros – ou seja, aqueles que são “perseguidos” pelos azares da vida. De acordo com esta teoria “de bolso” o sucesso é quase inteiramente dependente da sorte e as vitórias individuais têm sobretudo a ver com a ausência de obstáculos. No entanto, vivemos todos rodeados de histórias de vida que contrariam esta ideia preconcebida. Se é verdade que existem pessoas a quem todos os azares da vida parecem acontecer e que fazem questão de se queixar deles com regularidade e veemência, pontualmente somos confrontados com pessoas aparentemente mais “corajosas”, que enfrentam as adversidades com garra, com optimismo e até com um sorriso.

    Perante um obstáculo – que tanto pode ser a perda de emprego, uma doença súbita ou até a perda de alguém de quem se gosta – é possível reagir de maneiras muito diferentes. Já reparou que existem pessoas que respondem às dificuldades sobretudo através do queixume e da vitimização, enquanto outras se centram no futuro e no que há a fazer? Aquilo que as diferencia é uma competência psicológica chamada resiliência e que consiste na capacidade de adaptação ao stress, à adversidade, ao trauma e à tragédia. As pessoas menos resilientes tendem a sentir-se sufocadas pelos problemas, independentemente da sua natureza, sendo muito mais propensas a mecanismos patológicos de reacção à adversidade, como o abuso de substâncias. São também mais vulneráveis ao aparecimento de transtornos depressivos e ansiosos.

    As pessoas mais resilientes são capazes de olhar para a própria vida de uma perspectiva mais abrangente, encontrando motivos para sorrir no meio dos seus problemas. De um modo geral, lidam melhor com o stress e com as dificuldades que enfrentam. Sim, porque as pessoas mais resilientes também têm problemas sérios! Mas mantêm-se mais estáveis perante o caos desencadeado pelas dificuldades.

    Ser resiliente não significa ser à prova de tudo, pelo que alguém que possua esta competência psicológica não está imune a quebras. Por exemplo, uma pessoa resiliente que seja afectada por uma doença séria pode até passar por um período marcado por distúrbios do sono, mas tenderá a cumprir as suas responsabilidades com rigor, indo trabalhar diariamente como é hábito e mantendo o seu optimismo em relação à vida em geral e à sua recuperação em particular.

    Não se pense, por isso, que as pessoas mais resilientes são mais fortes, mais frias ou que sofrem menos perante a morte. A intensidade da dor não se mede pelo grau de lamentos. Uma pessoa resiliente está atenta às suas emoções e é capaz de reconhecer que precisa de ajuda e de a procurar – seja através da sua rede social, seja através de técnicos profissionais. É por isso que estas pessoas estão, genericamente, mais protegidas em relação a perturbações como a depressão, a ansiedade ou o pânico.

    Seja perante uma situação de assédio moral no trabalho ou uma doença oncológica, a reacção das pessoas mais resilientes contém um elemento comum: em vez de se “afundarem” com o problema, fechando-se sobre si mesmas, estas pessoas centram-se nos seus recursos e optam por aprender alguma coisa com a adversidade.

    Ser resiliente é:
    • Ser capaz de encarar a mudança como um desafio, e não como um drama;
    • Tomar as rédeas da própria vida, assumindo as decisões que dela fazem parte;
    • Ser optimista, apesar das adversidades;
    • Ser capaz de desenvolver relações afectivas próximas e estáveis;
    • Ser capaz de brincar com situações stressantes;
    • Ter auto-confiança;
    • Acreditar que é possível aprender com todas as situações da vida;
    • Ser capaz de reconhecer que se precisa de ajuda;
    • Ser capaz de identificar a quem se deve pedir ajuda;
    • Gostar de desafios.

    Embora existam diferenças de personalidade que façam com que alguns de nós sejamos mais optimistas e resilientes do que outros, é possível promover esta competência ao longo da vida. Como já disse antes, um dos pilares da resiliência é a existência de relações afectivas próximas, pelo que é fundamental que abramos espaço para as pessoas de quem gostamos. Investir nas nossas relações familiares e sociais é a melhor via para que nos sintamos ouvidos e apoiados quando precisamos. Dar passos no sentido de sair da concha pode implicar maior envolvimento com a vida comunitária, o que para algumas pessoas é aterrador. Mas essa rede é imprescindível para ultrapassar os períodos mais difíceis.

    Ter “poder de encaixe” para aceitar que se faça piadas com situações mais ou menos catastróficas é outro factor importante. Quando ouvimos um doente com cancro brincar com a própria doença, podemos, à primeira vista, achar que está em negação. Mas os estudos mostram que o humor pode ajudar-nos a lidar com a dor.

    No meio da tempestade pode ser muito difícil reconhecer alguma lição de vida, mas quando temos oportunidade (ou quando nos damos ao trabalho) de olhar para trás e reflectir sobre os obstáculos que já ultrapassámos, identificamos quase sempre aprendizagens importantes. As maiores tragédias da vida também nos trazem ensinamentos importantes, pelo que é importante olhar para o obstáculo do momento como mais uma oportunidade.

    Alimentar uma visão optimista acerca da vida pode passar por exercícios tão simples como enumerar diariamente duas ou três situações com que nos tenhamos sentido satisfeitos – essas excepções, essas coisas boas, podem funcionar como sinais de esperança.

    Continuar a mimar-nos física e emocionalmente é outro factor de estabilidade. A existência de dificuldades não deve constranger a participação em actividades de que gostamos e que nos mantêm entusiasmados, como a prática de exercício físico, uma boa alimentação, encontros com os amigos, etc.

    Claro que não há resiliência sem proactividade e isso implica ser flexível o suficiente para aceitar a mudança, ser capaz de definir objectivos realistas e identificar aquilo que deve ser feito para se ser bem-sucedido, em vez de adoptar uma atitude expectante, miserabilista ou pura e simplesmente esperar que os problemas desapareçam.

    É importante que sejamos suficientemente inteligentes para perceber que, independentemente do “tamanho” da conta bancária, do carro que se conduza ou do sucesso que se tenha, todas as pessoas carregam as suas “cruzes”, todas as vidas são pontuadas por tristezas e desilusões. A vida é mesmo assim. Podemos “apenas” contar com uma atitude mais ou menos optimista/ perseverante em relação a esses reveses.
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    Consultório de Psicologia - Resilência, disponível em http://consultorio.blogs.sapo.pt/54320.html, acedido a 20 de Abril 2011

    segunda-feira, 18 de abril de 2011

    domingo, 17 de abril de 2011

    Autismo - Psicologia.

     (…)  "Autismo envolve um estilhaçamento nas capacidades", diz Joel Smith, director executivo da Associação de Serviços ao Autista, em Wellesley, Mass. "No retardamento mental" continua ele, "o desenvolvimento é de um nível baixo como um todo. Mas em autismo, você tem algumas áreas com níveis muito, muito alto e outras de baixo". E é nessas áreas de nível elevado em que eles resolvem problemas matemáticos, quebra-cabeças e realizam tarefas complicadas e aparentemente sem solução.

    Um belo dia, foi descoberto  que os autistas apresentam enorme afinidade para actividades concretas. Aliás, quanto mais concreto e repetitivo for o trabalho, tanto melhor! É aí, exactamente nesse ponto,   que entra o computador. Essa fabulosa ferramenta  tecnológica se mostra extremamente amigável  aos olhos dos autistas, pelo fato de apresentar uma lógica rígida. A resolução de um problema em determinado programa de computador aparece quase sempre igual, como numa equação matemática. Alguns autistas chegam, inclusive, a se definir como computadores que simulam o ser humano, descodificando o mundo externo como a máquina o faria. Aí fica fácil, porque se trata de um instrumento tranquilamente adaptável à forma que essas pessoas tão especiais têm de ver e compreender o mundo.

    Por contarem com um pensamento estritamente visual (visualização vívida), um alto poder de concentração e uma óptima memória, os autistas podem fazer do computador seu ganha-pão, e se utilizam da Internet para travar relações com o que lhes é mais apavorante: o mundo externo. O trabalho no computador se caracteriza por ser essencialmente solitário, daí a afinidade. Além disso, pela dificuldade em manter contacto interpessoal, muitos autistas estabelecem relações sociais via e-mail.

    Temple Grandin, que também é autista, descreve sua memória como sendo em forma de imagens e diz poder visualizá-las como se estivesse em uma página da Web . O pensamento dessas pessoas incrivelmente capazes é puramente visual, tal qual uma tela do Windows ou uma página da Internet. Qualquer informação  muito gráfica, ou seja, que contenha muitas imagens, é rapidamente armazenada por eles. E nas palavras de Grandin, "eu não posso imaginar um envelope  marrom se nunca tiver visto um antes".

    Quando o computador passa a fazer parte do universo interno e inacessível do autista, ele se torna um poderoso instrumento de trabalho. Sara R. S. Miller é programadora de computador com habilidade para detectar qualquer problema no código binário, desde que já tenha visto aquele programa pelo menos uma vez na vida. Ela tem 42 anos, é presidente da Nova Systems em Milwaukee e é autista. Sara diz que sua visão do mundo é uma interpretação preta-e-branca da realidade, assim como no computador, que só existe o on e o off, sem o  meio-termo.

    Autistas com as mesmas potencialidades de Sara muitas vezes ficam de fora do mercado de trabalho de informática devido ao desconhecimento das pessoas quanto a esta habilidade, além da própria dificuldade dos portadores de Autismo em interagir socialmente. Eles dizem que o computador e a Internet podem proporcionar e facilitar uma melhor participação deles no mercado de trabalho, na construção de senso de valores e bem-viver.

    Assim se torna  fácil compreender a afirmação de Martijin Dekker, autista de 23 anos, que se diz obcecado por computador desde os 11 anos de idade. Através da máquina, ele utiliza capacidades que poderiam ser esquecidas, se não fosse a tecnologia. Tecnologia essa que, quando associada à Internet, rompe as barreiras do corpo-humano, aproxima aqueles que distanciam  geográfica e fisicamente, traz à tona o intelecto. Dekker controla um grupo de apoio aos autistas na Internet. "Grupos como o meu parecem concordar com o mito de que autistas não querem contacto humano, mas, ao contrário, os grupos e a Internet nos mostram que somos capazes de formar contactos muito profundos e significativos", diz ele.

    No sentido de reinserir essas pessoas ao convívio social e ao mercado de trabalho, o computador é um instrumento poderoso. Graças a ele e à Internet, os autistas tem uma nova possibilidade de mudar seu destino de abandono e não-aproveitamento de suas capacidades especiais.   

    Filogénese e Ontogénese.

    “O carácter inacabado do homem não é portanto a sua fragilidade, mas antes a razão da sua força.”[1]


    O ser humano é fruto de um património genético, da influência do meio, das experiências que passa ao longo da vida, e tem o poder quase ilimitado de aprender. Mas cada indivíduo evolui de maneira diferente pela forma como percepciona as experiências, e pelas escolhas que faz.  

    Para melhor compreendermos o significado de filogénese (no grego: Phylo = raça e genetikos = relativo à génese = origem) e ontogénese (ντος, ontos "ser", genesis "criação") importa referir que, cada uma destas ciências estuda a evolução, mas, enquanto a primeira se dedica ao estudo da evolução da espécie, a segunda ocupa-se do estudo da evolução de cada indivíduo desde o embrião até à velhice.

    Numa abordagem biantropológica (filogénese), Darwin, tendo como base da sua teoria a evolução das espécies, professou as diferenças entre os seres humanos apesar de pertencerem à mesma espécie, uma vez que estes apresentam características que os diferenciam uns dos outros, sendo a selecção natural a grande responsável pela evolução. 

    No caso de Jean Piaget (pai da abordagem cientifica do conhecimento – Psicologia genética), que defendeu que a capacidade do ser humano raciocinar não está presente aquando do nascimento de uma criança, mas esta resulta de um processo dinâmico adquirido ao longo da vida e fruto das suas experiências, formas de as percepcionar e seu relacionamento com o meio, passando na vida por vários estádios (abordagem psicobiológica – ontogénese).

    A par destas duas ciências, Vítor da Fonseca aponta ainda um outro aspecto, o da retrogénese (“…assim como a criança vai, passo a passo, conquistando relações intracorporais e extracorporais, também o idoso o faz, mas no sentido inverso, ou seja, ele passa por um processo de involução, onde a frequente perda de controle perceptivo e corporal marcam este estádio da vida”).

    Ao longo da sua vida, o indivíduo encara novas realidades e situações que requerem adaptação. É justamente nesta área que entra a “epigénese – tese segundo a qual o desenvolvimento do indivíduo se processa através da acção recíproca entre a genética e o ambiente”.

    Alexandra Caracol e Sílvia Leite


    Bibliografia

    Fonseca, Vitor (1998, 2ed) Psicomotricidade, filogénese, ontogénese e retrogénese Porto Alegre: Artes Médicas

    Tavares et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. Porto: Porto Editora, pp. 34-40

    UAB, Texto 2, A Natureza do Desenvolvimento Humano (2011)

    UAB, Charles Darwin duzentos anos depois, o que podemos ainda aprender com o autor de A Origem das Espécies? Revista Ler (2009)




    http://pt.scribd.com/doc/39463669/PREMATURIDADE-E-NEOTENIA



    http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/viewFile/93/66

    http://www.slideshare.net/jbarbo00/filognese-e-ontognese




    [1] Prematuridade e Neotenia “http://pt.scribd.com/doc/39463669/PREMATURIDADE-E-NEOTENIA"

    Acerca da Psicologia.

    Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e seus processos mentais. Melhor dizendo, a Psicologia estuda o que motiva o comportamento humano – o que o sustenta, o que o finaliza e seus processos mentais, que passam pela sensação, emoção, percepção, aprendizagem, inteligência...

    A história da Psicologia, cuja etimologia deriva de Psique (alma) + Logos (razão ou conhecimento), se confunde com a Filosofia até meados do século XIX. Sócrates, Platão e Aristóteles deram o pontapé inicial na instigante investigação da alma humana:

    Para Sócrates (469/ 399 a C.) a principal característica do ser humano era a razão – aspecto que permitiria ao homem deixar de ser um animal irracional.

    Platão (427/ 347 a C.) – discípulo de Sócrates, conclui que o lugar da razão no corpo humano era a cabeça, representando fisicamente a psique, e a medula tria como função a ligação entre mente e corpo.

    Já Aristóteles (387/322 a C.) – discípulo de Platão – entendia corpo e mente de forma integrada, e percebia a psiqué como o princípio ativo da vida.

    Durante a “era cristã” – quando todo conhecimento era produzido e mantido a sete chaves pela Igreja, Santo Agostinho e São Tomas de Aquino partem dos posicionamentos de Platão e Aristóteles respectivamente.

    Em 1649, René Descartes – filósofo francês – publica Paixões da Alma, reafirmando a separação entre corpo e mente. Pensamento que dominou o cenário científico até o século XX. Alguns pesquisadores alegam que essa hipótese assumida por Descartes foi um subterfúgio encontrado para continuar suas pesquisas , desenvolvidas a partir da dissecação de cadáveres, com o apoio da Igreja e protegido contra a Inquisição.

    O fato é que no final do século XIX, os acadêmicos da época resolvem distanciar a Psicologia da Filosofia e da Fisiologia, dando origem ao que se chamou de Psicologia Moderna. Os comportamentos observáveis passam a fazer parte da investigação científica em laboratórios com o objetivo de se controlar o comportamento humano. Nesse sentido, os teóricos objetivam suas ações na tentativa construir um corpo teórico consistente, buscando o reconhecimento, enfim, da Psicologia como ciência.

    É neste cenário investigativo que surgem três correntes teóricas: o Funcionalismo, o Estruturalismo e o Associacionismo.

    O Funcionalismo foi elaborado por William James(1842/1910) que teve a consciência como sua grande preocupação – como funciona e como o homem a utiliza para adaptar-se ao meio.
     
    No Estruturalismo Edward Titchener(1867/1927) também se preocupava com a consciência, mas com seus aspectos estruturais – percebiam a consciência , isto é, seus estados elementares como estruturas do Sistema Nervoso Central.
     
    O Associacionismo foi apresentado por Edward Thorndike(1874/1949). Seu ponto de vista era que o homem aprende por um processo de associação de idéias – da mais simples para a mais complexa.
     
    No início do século XX, surgem mais três correntes principais,que, por sua vez originaram a diversidade de correntes psicológicas, que conhecemos hoje:

    Behaviorismo – surgiu nos EUA com John Watson(1878/1958). Foi conhecida pela teoria S-R, ou seja, para cada resposta comportamental existe um estímulo.
     
    Gestaltismo – surgiu na Europa, mais precisamente na Alemanha, com Wertheimer, Köhler e Koffka, entre 1910 e 1912 e nega a fragmentação das ações e processos humanos, postulando a necessidade de se compreender o homem como uma totalidade, resgatando as relações da Psicologia com a Filosofia.
     
    Psicanálise – teoria elaborada por Sigmund Freud(1856/1939) recupera a mportância da afetividade e tem como seu objeto de estudo o inconsciente.
     
    Hoje, século XXI os conhecimentos produzidos pela Psicologia e a complexidade e capacidade de transformação do ser humano, acabaram por ampliar em grande medida sua área de atuação.

    Assim, a Psicologia hoje, pode contribuir em várias áreas de conhecimento, possibilitando cada área uma gama infinita de descobertas sobre o homem e seu comportamento, ou sobre o homem e suas relações.

    São elas:

    • Psicologia Experimental
    • Psicologia da Personalidade
    • Psicologia Clínica
    • Psicologia do Desenvolvimento
    • Psicologia Organizacional
    • Psicologia da Educação
    • Psicologia da Aprendizagem
    • Psicologia Esportiva
    • Psicologia Forense
    • Neuropsicologia

    http://www.poderdasmaos.com/site/?p=O_que_%E9_Psicologia09555

    Como falam as mãos.

    terça-feira, 5 de abril de 2011

    Projecto: “A Importância da Psicologia do Desenvolvimento na Educação”.

    (Este projecto é aqui apresentado no âmbito do que foi solicitado na Unidade Curricular de Psicologia do Desenvolvimento, questão 2 do E-Fólio A, ano de 2011).

    Como técnica de educação numa instituição cultural e social, Mª Alexandra Caracol apresentará uma sessão de formação sujeita ao tema “A Importância da Psicologia do Desenvolvimento na Educação”, participando como oradora, e utilizará como suporte à sua comunicação oral, uma apresentação electrónica em PowerPoint. No final da exposição será dado algum tempo para os presentes poderem apresentar dúvidas e/ou fazer perguntas, ao que a oradora responderá de acordo com o que estudou acerca do assunto na UC de Psicologia de Desenvolvimento, podendo também, os presentes darem alguns testemunhos.

    A instituição tem como departamentos: academia de actividades desportivas, lar de terceira idade, jardim-de-infância e ATL, escola de música e um departamento de actividades terapêuticas.

    A apresentação electrónica em PowerPoint a ser utilizada como suporte, será de âmbito educacional e inédito e, pretende-se que seja do tipo expositivo, com finalidade didáctica, utilizando-se para o efeito uma linguagem scriptovisual em que a palavra e a imagem coexistem, com o propósito de tornar a apresentação agradável e esta manter os presentes atentos e interessados.

    Planificação

    Tema da sessão: Importância da Psicologia do Desenvolvimento na Educação.

    Destinatários: Funcionários de uma instituição cultural e social tais como: professores, monitores, terapeutas, etc.

    Duração: 30 minutos.

    Objectivos: através do conteúdo apresentado proporcionar conhecimentos que façam com que os presentes na sessão, entendam melhor as necessidades inerentes à(s) faixa(s) etária(s) com que trabalham e, por consequência, consigam encontrar caminhos/soluções e utilizar estratégias que permitam melhorar o seu desempenho como técnicos e profissionais na área em que trabalham, assim como ajudar a desenvolver as capacidades dos seus educandos, independentemente da faixa etária a que pertençam.

    Recursos a utilizar:
    ·         Computador para apresentação electrónica em PowerPoint;
    ·         Expressão oral da técnica que apresentará a sessão de esclarecimento.

    Metodologias de trabalho:
    ·         Apresentação do PowerPoint (6 slides), que será utilizado como complemento de uma comunicação oral que desenvolverá os tópicos referidos em cada slide A transição de slides será feita através da acção da oradora, mediante exposição/comunicação à medida que cada slide for passando. (+/- 15 minutos);
    ·         No final da apresentação dos slides/exposição da oradora, haverá um espaço para dúvidas/perguntas/troca de ideias. (+/- 10 minutos);
    ·         No final de tudo: convite à apresentação de testemunhos (+/- 5 minutos).

    Sequência de ideias a abordar:
    1.    Noção de Psicologia do desenvolvimento como um dos ramos da Psicologia.
    2.    Fases do desenvolvimento humano (estádios), e suas características mais significativas (físicas e sensoriais; linguagem; desenvolvimento cognitivo; socialização; vinculação; sexualidade; forma de pensar; identidade);
    3.    A influência do meio e da hereditariedade;
    4.    Teorias implícitas sobre o desenvolvimento humano;
    5.    Modos de conhecer, aprender, apreender e empreender em cada estádio;
    6.    Metacognição e sua importância na aprendizagem (Teoria do Dom Natural em oposição à concepção construtivista e interaccionista);
    7.    Efeito Pigmalião.

    Bibliografia
    Almeida, A., Cunha, G. (2003). Psicologia: Reflexão e Crítica, 16(1), (pp. 147-155). Brasília.

    Tavares et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. Porto: Porto Editora.

    Texto 2. A Natureza do Desenvolvimento Humano. Psicologia do Desenvolvimento. Universidade Aberta. 2011

    Texto 3. Educação e psicologia do desenvolvimento. Universidade Aberta. 2011 

    Pequena biografia de Sigmund Freud (1856-1939). Contributo das suas ideias para a psicologia do desenvolvimento.

    Sigmund Freud (1856-1939) nasceu em Freiberg no seio de uma família Judia. Viveu em Viena desde os 3 anos de idade. Estudou na Universidade de Viena (1881), e formou-se em Medicina com especialização em neurologia e acabou por exercer clínica privada como psiquiatra. Passou um tempo em Paris e estudou com o neurologista Jean Charcot (1825-1893), assim como com Joseph Breuer (1842-1925). Os trabalhos com Charcot originaram “a ideia de que existe um pensamento separado da consciência” (Tavares, 2007, p.14). Com Breuer que utilizava a hipnose como terapia, Freud aprofundou os seus conhecimentos e passou a trabalhar com ele, acabando ambos por publicar em conjunto a obra Estudos sobre a Histeria. A partir de 1896, Freud passou a trabalhar sozinho formando as bases da Psicanálise. Em 1900 editou A interpretação dos sonhos. Em 1905 publicou a monografia Três Contribuições para uma Teoria Sexual onde salientou considerações sobre o complexo de Édipo. Apesar de existirem reacções negativas às suas teorias, a psicanálise expandiu-se na primeira década do século XX. Outras obras foram publicadas sendo consideradas mais importantes Totem e Tabu (1912-1913), dois ensaios sobre a guerra (1915 e 1932), O Futuro de uma Ilusão (1927) e Moisés e o Monoteísmo (1934-1938). Aos 80 anos foi-lhe atribuído o Prémio Goethe em reconhecimento ao seu trabalho. No último ano da sua vida foi obrigado a fugir ao regime nazi tendo vivido em Londres.

    Na medida em que a psicologia do desenvolvimento tem como objecto de estudo entender as mudanças do ser humano ao longo da vida, e descobrir quais as razões para essas mudanças, Freud contribuiu significativamente com as suas ideias através das teorias psicanalíticas, tendo interpretado o desenvolvimento humano “a partir de impulsos e motivações internas (a maioria inconscientes e irracionais) e segundo estádios.” (Tavares, 2007, p.36), conferindo à estrutura da personalidade do ser humano três componentes ou sistemas motivacionais: id, o ego e o superego, sendo que a dinâmica entre eles (muitas vezes conflitual) será a grande responsável pela conduta das pessoas. 

    Freud enfatizou as motivações inconscientes e deu especial atenção à sexualidade infantil estando esta, presente desde o nascimento, e o desenvolvimento da libido, dando um enfoque especial aos primeiros anos de vida por considerá-los determinantes na formação da personalidade do ser humano. Estabeleceu cinco estádios psicossexuais desde o nascimento até à puberdade, com predomínio de uma zona erógena em cada estádio. Conferiu uma nova importância às necessidades da criança e suas vivências emocionais nas diversas fases do desenvolvimento, e as consequências nefastas na formação da personalidade, no caso de existir negligência na satisfação dessas necessidades.

    Através dos estudos/teorias de Freud há uma tomada de consciência dos pensamentos e emoções inconscientes, da ambivalência das relações precoces entre pais e filhos, existindo desde o nascimento pulsões sexuais.

    (Este tema é aqui apresentado no âmbito do que foi solicitado na Unidade Curricular de Psicologia do Desenvolvimento, questão 1 do E-Fólio A, ano de 2011).



    Bibliografia
    Tavares et al. (2007). Manual de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. Porto: Porto Editora.




    sexta-feira, 25 de março de 2011

    6. Representações sociais identificadas pela autora do artigo «Representações sobre o desenvolvimento humano*», sobre os diferentes grupos etários.

    Entenda-se por representações sociais como se tratando de sistemas de valores e práticas criados pelos homens, com o propósito de entender o mundo e a forma como se insere dentro dele.

    A autora do texto em estudo identifica várias representações sociais do desenvolvimento humano, sobre os diferentes grupos etários.

    Em relação ao Grupo Infância a autora identifica representações sociais associadas à ideia de imaturidade e de “incompetência”. Sendo a criança “inocente”, “brinca”, “aprende”, “descobre”, mas é “dependente” da sua “família” que “trabalha”, “produz” e se “responsabiliza” por ela.

    No que se refere à adolescência as representações são idênticas ao Grupo Infância tendo como referências as “brincadeiras”, “família” e “sabedoria”. A adolescência foi ainda associada à velhice em relação à ideia de que o adolescente “ainda não consegue”, “ainda não faz”, e o velho “já não consegue mais” e “já não faz mais”.

    Quanto ao Grupo Adulto as representações sociais do desenvolvimento caracterizam-se por estar próximas das que são consideradas em relação aos Grupos Infância e Adolescência no que diz respeito a “brincadeiras” e “sabedoria”. È o adulto que trabalha, produz e sustenta a família sendo responsável pelos seus descendentes, servindo de referência para as outras fases da vida.

    Ainda de acordo com o texto disponibilizado, quanto às representações sociais do Grupo Velhice os eixos de referência foram: “brincadeiras”, “dependência”, “família” e “trabalho”. Os próprios idosos não aceitam que haja desenvolvimento na velhice deixando que o adulto seja o responsável, não só mas também, pela subsistência da família. Sendo o Grupo Velhice, caracterizado pela “decadência”, “declínio” pelas perdas biológicas, o velho é possuidor de sabedoria acumulada sendo importante a sua transmissão aos mais novos.



    * http://mdh.unitau.br/files/representacoes_sociais_do_desenvolvimento_humano.pdf